Lugar de mulher é na universidade
Dados apontam que na UEMASUL, a mulheres são maioria, ocupando diversos cargos e funções.
Após séculos de luta por emancipação, direitos iguais e dignidade, nos últimos anos, as mulheres começaram a vislumbrar a ocupação de espaços na sociedade, fazendo-se presentes com predominância em alguns, como é o caso da educação. Segundo apontam os dados estatísticos, elas estudam mais.
De acordo com o estudo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), de 2019, cerca de 19,4% das mulheres possuíam ensino superior completo, enquanto o percentual dos homens era de 15,1%. Esse contexto, no entanto, é invertido na faixa etária de 65 anos ou mais, o que demonstra as dificuldades históricas de acesso à educação vivenciadas pelas mulheres.
Neste cenário, a Universidade Estadual da Região Tocantina do Maranhão (UEMASUL), única universidade regional do Estado, surge como fonte de oportunidades para o público feminino, tanto no acesso à educação quanto na oferta de postos de trabalho. A instituição é formada em sua maioria por mulheres no seu corpo docente, administrativo e discente, mostrando que lugar de mulher é também na universidade.
Segundo levantamento feito pela própria universidade, na UEMASUL, as mulheres representam 69% dos acadêmicos matriculados, 69% dos servidores técnico-administrativos, 76% dos estagiários e 54% dos pesquisadores envolvidos em projetos de pesquisa.
“Os dados mostram a força da mulher dentro da UEMASUL, uma instituição que incentiva e apoia a luta de todas as mulheres, promovendo educação de qualidade com o objetivo de desenvolvimento profissional de cada uma. Aqui estamos presentes em todos os setores, inclusive na reitoria, na pró-reitoria e na administração de cursos e de centros acadêmicos. Esta constatação, na semana em que se comemora o Dia Internacional da Mulher e o Dia da Mulher Maranhense, é símbolo das nossas conquistas, da nossa ocupação dos espaços de poder”, afirmou a reitora, Luciléa Ferreira Lopes Gonçalves.
No Dia Internacional da Mulher, 08 de março, data em que se levanta a reflexão sobre a necessidade de combate às desigualdades e discriminação de gênero em todo mundo, a universidade propôs atividades de valorização da mulher com oferta de serviços de beleza e incentivou o debate com sessões de cinema nos três campi, exibindo o filme “Estrelas além do tempo”, que retrata o trabalho de mulheres negras que foram pioneiras na ocupação de cargos de trabalho na corrida espacial.
“A educação das mulheres no Ocidente, tal como a conhecemos na atualidade, tem uma história marcada por lutas e construções discursivas. Como exemplo, sob a concepção de gênero, hoje olhamos para trás e vemos que a formação escolar de meninas era inicialmente marcada por papéis conformados culturalmente em torno da maternidade e das atividades domésticas”, explica a professora Elisania Nascimento, que estuda gênero, raça e religião.
A melhoria da educação e a oportunização de acesso ao ensino superior tem um papel fundamental para uma inserção mais produtiva da mulher no mercado de trabalho e sobretudo para transformação cultural, no que se refere à sua formação, corroborando para realidade que temos hoje: a presença da mulher no mercado de trabalho cada dia mais forte e a sua ocupação crescente nos espaços de poder.