Projeto de extensão desenvolve estudo do texto poético para mulheres
A escrita expressa sentimentos e pensamentos, desenvolve a criatividade e a formação de um senso crítico e reflexivo sobre o mundo.

A escrita expressa sentimentos e pensamentos, desenvolve a criatividade e a formação de um senso crítico e reflexivo sobre o mundo. Foto: Ascom/UEMASUL.
Aprovado pelo Programa Institucional de Bolsas de Extensão (PIBEXT), ciclo 2024-2025, o projeto “Uma construção social do Ser feminino, entre vozes e versos”, foi desenvolvido pela professora Mônica Assunção Mourão e acadêmicas do curso de Letras/Língua Portuguesa e Literaturas- CCHSL, na casa terapêutica Renascer Feminino, que atende mulheres em situação de violência e em tratamento contra a dependência química.
Os objetivos foram desenvolver o estudo do texto poético por meio de encontros presenciais e oficinas literárias, explorar a estrutura do texto poético; analisar as temáticas principais presentes nos poemas; conhecer as figuras de linguagem mais recorrentes nos poemas; compreender o processo de criação literária de um texto; relacionar o texto poético com a realidade de cada participante do projeto de extensão; produzir poemas autorais e compilar os textos em forma de livro físico.
As atividades foram desenvolvidas com a participação da bolsista Itassara Albuquerque e coordenação da professora Mônica Assunção Mourão. “O projeto, desenvolvido por cerca de quatro meses, trabalhou o texto poético com o objetivo de fazer com que estas mulheres, por meio da literatura, expressassem suas dores, suas experiências e vivências. Foram momentos importantes e significativos para nós, como professores, onde tivemos a oportunidade de estarmos mais próximos das nossas comunidades, ensinando e aprendendo também”, pontuou a professora.
Na primeira etapa do projeto de extensão foram realizadas várias oficinas com rodas de leitura, análise de poemas, audição de músicas e rodas de conversas sobre as temáticas observadas nos poemas. As internas produziram poemas que farão parte de um livro a ser lançado em 2026. A Casa terapêutica Renascer feminino promove ações de assistência a mulheres vítimas de violência e dependência química.
A interna G. S. de 57 anos, falou sobre a experiência das oficinas, em especial sobre a atividade relacionada ao poema ‘Assim eu vejo a vida’, de Cora Coralina. “Aprendi que as coisas difíceis podem ensinar para a gente a sobreviver e a viver com pouco. E dignificar a condição de mulher é ter uma boa autoestima e não se importar com a opinião alheia, já que sempre teremos lutas e vitórias”.
No momento, a comunidade atende 25 mulheres, que recebem assistência psicológica, praticam atividades físicas e fazem aulas de trabalhos manuais. A entidade é coordenada pela igreja evangélica Nova Aliança e recebe colaborações de toda a comunidade. Alguns acadêmicos dos cursos de Medicina, Psicologia e Assistência Social de outras insituições também colaboram nos atendimentos.
Também em Imperatriz, a “Casa da mulher maranhense” fornece suporte às vítimas de violência, com atendimento psicológico, jurídico e social, e desenvolve campanhas de conscientização e prevenção, promovendo a educação sobre os direitos das mulheres e incentivando a denúncia de abusos.Serviço
Disque 180 para denunciar qualquer tipo de violência contra a mulher. O Centro de Referência de Atendimento à Mulher (CRAM), em Imperatriz, também oferece auxilio as vítimas de violência, de segunda a sexta, das 8h às 18h. O CRAM funciona na Casa da Mulher Maranhense, na avenida São Sebastião, Vila Nova.



