Mais do que celebrar a Química, é um espaço de diálogo, aprendizado e construção coletiva, reafirmando o papel da ciência como a transformação social e o desenvolvimento regional. Foto/Ascom UEMASUL.

O Centro Acadêmico de Química (CAQUI) realizou, entre os dias 17 e 19 de setembro, o IV Simpósio de Química, com o tema “Química em suas interconexões: saberes científicos, tecnológicos e sociais”. O evento buscou aproximar o conhecimento acadêmico do cotidiano, oferecendo uma visão mais acessível, integrada e contextualizada da ciência. Ao todo, 89 participantes se inscreveram no evento. 

Para a acadêmica Evellyn Dantas, o simpósio representa uma oportunidade de aprofundar os conhecimentos essenciais para a formação científica, muitas vezes não trabalhados diretamente em sala de aula. “Por meio do simpósio, consigo ter uma visão mais clara sobre as áreas da Química e, assim, me orientar melhor quanto ao caminho que desejo seguir na minha formação, funcionando como uma porta de entrada para futuras escolhas profissionais”, afirma acadêmica do 2º período do curso de Química da UEMASUL.

Já para a acadêmica Gisely de Oliveira Barbosa, do 4º período do curso de Biologia e participante da quarta e também da terceira edição do simpósio, o evento reforça a conexão entre as duas áreas do conhecimento. “A biologia está diretamente ligada à química, por isso precisamos estar atualizados tanto nos temas da biologia quanto nos da química. No último simpósio, por exemplo, foram apresentadas as tendências da química e seus principais assuntos, e nesta edição a professora Antônia Millena destacou as nanopartículas e os nanomateriais, que também se relacionam com a Biologia”, ressaltou.

O simpósio contou com uma programação diversificada, incluindo visitas técnicas ao Instituto de Criminalística de Imperatriz (ICRIM) e ao Mestrado em Ciências Ambientais, na unidade Bom Jesus da Universidade Federal do Maranhão (UFMA), além de atividades na UEMASUL. Para o coordenador do Centro Acadêmico de Química, Victor Ávilla, o evento fortalece a integração entre os estudantes de Química da universidade e a comunidade externa. “A oportunidade de participar de minicursos e palestras amplia os conhecimentos e facilita a interação. Conseguimos organizar uma feira com alunos do ensino médio e superior, com a participação dos acadêmicos de Química do campus Açailândia e do Mestrado de Ciências Materiais da UFMA, campus Bom Jesus”, pontua. 

A iniciativa contribuiu para a formação crítica dos participantes, valorizando saberes populares e incentivando práticas sustentáveis. Foto/Ascom UEMASUL.

A professora Antônia Millena de Oliveira Lima abordou os aprendizados que o público em geral e os acadêmicos de Química podem adquirir sobre a Nanotecnologia aplicada à Biomedicina. Segundo ela, a principal lição é compreender que, embora o ser humano consiga dominar diversos aspectos da natureza por meio do conhecimento científico, é fundamental manter o respeito por ela. “A evolução da ciência nos permite manipular a matéria em escala atômica, mas é preciso lembrar que, quando essa manipulação é feita de forma inadequada, pode gerar prejuízos tanto para a saúde quanto para o meio ambiente”, destacou.

De acordo com a professora, os principais avanços na Nanotecnologia estão presentes na tecnologia da informação. “Hoje nós temos diversas aplicações que facilitam a nossa vida de uma forma extraordinária, cada vez mais diminuindo os componentes eletrônicos”, explicou. O encontro proporcionou conferências, oficinas, minicursos, palestras, mostra científicas e rodas de conversa, com o objetivo de aproximar a comunidade científica  e a sociedade, por  meio da valorização da Química em suas interconexões.