Mulheres se destacam e são maioria na UEMASUL
Elas também são maioria na pesquisa, no desenvolvimento tecnológico e apoio técnico institucional.
Hoje, dia 11 de março é comemorado o Dia da Mulher Maranhense. A data homenageia a primeira romancista brasileira que nasceu no dia 11 de março de 1822, Maria Firmina dos Reis, em São Luís- MA. A Universidade Estadual da Região Tocantina do Maranhão (UEMASUL) é formada em sua maioria por mulheres, no seu corpo docente, administrativo e discente.
A instituição possui 50,29% de acadêmicas que ingressaram por meio do PAES neste ano, 42% de professoras, 67% de técnicas – administrativas, 57% de diretoras de curso, 60% de diretoras de centros de ensino, todas as pró-reitorias são comandadas por mulheres, e o maior cargo de chefia é de uma mulher, a reitora Elizabeth Nunes Fernandes.
Além disso, as mulheres que compõem a UEMASUL são maioria na participação de programas de desenvolvimento tecnológico, apoio técnico institucional, e programas de iniciação científica. As mulheres que promovem pesquisas na universidade são 60% entre os acadêmicos e 56% entre os professores orientadores.
A acadêmica Anne Karolyne Veloso, do 3º período do curso de Medicina Veterinária, faz estágio na área, e conta como é ser uma mulher negra em um campo de atuação considerado prioritariamente masculino. “Hoje em dia a gente sabe como é difícil um negro entrar em uma universidade boa, e pra mim, mulher negra, foi uma realização muito grande quando eu consegui entrar por meio do vestibular na UEMASUL. Na Medicina Veterinária a mulher sofre muito preconceito, então, se eu consegui chegar aqui, mostro para as outras mulheres que apesar do preconceito elas podem acabar com esse tabu. Tenho expectativa de voltar para a universidade como professora na minha área, a área de reprodução.”
Os dados institucionais e histórias de vida mostram uma nova realidade no estado, onde as mulheres vêm cada dia mais, ocupando espaços que antes eram preferencialmente dos homens. E, é compromisso da instituição incentivar e apoiar a luta de todas as mulheres, promovendo educação de qualidade com o objetivo de desenvolvimento profissional de cada uma.
A professora e assessora de Assuntos Internacionais Edna Sousa Cruz, falou sobre a importância dessa representatividade dentro na universidade. “Ocupar este lugar de mulher negra, professora e pesquisadora universitária, significa a tentativa de transformá-lo, de modo a estimular alunas negras da graduação a construírem uma narrativa não apenas de luta e resistência, mas sobretudo, de empoderamento.’’
Dentro do mês dedicado às mulheres, e para comemorar o seu Dia Internacional, 08 de Março, a Divisão de Serviço Social e Medico e o coletivo Mariellas da UEMASUL, realizarão o Simposio Regional: A linguagem como instrumento de reprodução do sexismo, com o objetivo de proporcionar à comunidade acadêmica um debate contemporâneo e atemporal sobre a construção da linguagem que invisibiliza as mulheres.