Inaugurado Centro de Inovação Piquiá
Espaço será voltado para o desenvolvimento de soluções tecnológicas, valorizando saberes regionais e fortalecendo a conexão entre universidade, comunidade e mercado.

Nome do local homenageia bairro e população da cidade. Foto: ascom/UEMASUL
Nesta quarta-feira, 29, foi realizada a inauguração do Centro de Inovação Piquiá, no Centro de Ciências Humanas, Sociais, Tecnológicas e Letras (CCHSTL), campus Açailândia. O momento reuniu representantes institucionais, da indústria e do poder público estadual e municipal, além da comunidade acadêmica.
O espaço, aberto à comunidade em geral, tem como propósito inspirar e conectar pessoas, territórios e conhecimento, unindo tradição e tecnologia. Voltado para o desenvolvimento e compartilhamento de pesquisas e soluções tecnológicas, o Centro de Inovação Piquiá é composto por uma sala de coworking, laboratório multiusuário com características maker e escritórios individuais para empresas parceiras.
De acordo com a coordenadora do centro, professora Jéssica Santos, o espaço funcionará como um ambiente de integração entre universidade, comunidade e setor comercial. “O Centro de Inovação Piquiá vai reunir dentro de um mesmo ambiente a parte de negócios, a incubação de empresas, a aproximação com a indústria e a pesquisa e desenvolvimento. Nosso objetivo é entregar soluções para o mercado e para a comunidade, além de fortalecer o ensino, a pesquisa, a extensão e a inovação, oferecendo treinamentos, materiais e espaço físico para desenvolvimento de projetos”.

A construçao da estrutura foi realizada pela Agência Executiva Metropolitana do Sudoeste Maranhense – AGEMSUL. Foto: ascom/UEMASUL.
O nome do centro, escolhido em homenagem à comunidade de Piquiá de Baixo, bairro de Açailândia marcado pelos impactos socioambientais gerados pela expansão e atuação de siderúrgicas na região, representa uma história marcada pela luta e protagonismo local.
A acadêmica do curso de pedagogia e moradora da comunidade, Antônia Flávia da Silva Nascimento, destacou a emoção da inauguração do centro .“Isso significa muito, porque desde que comecei a graduação aqui em 2022, a maioria das pessoas na cidade não conheciam Piquiá, que já era conhecido mundialmente pela sua luta. Então essa é uma data marcante que vai ficar na história, porque aqui eu deixo o meu nome, o do meu bairro e o do meu pai, que me incentivou a lutar. Tudo que eu sou hoje e tudo que esse centro representa tem o nome dele pra mim”.
Francisca também destacou o papel do centro como espaço de aproximação entre universidade e comunidade. “O centro traz essa conexão da universidade com as pessoas, com as realidades fora dos muros. É uma forma de aproximar estudantes de histórias e contextos que muitas vezes não conhecem, e também permitir que a comunidade compreenda e participe da universidade”, completou.
Piquiá de Baixo
Considerado um dos bairros mais antigos de Açailândia, no Maranhão, Piquiá surgiu em 1958, com o início da construção da BR Belém-Brasília. Já na década de 60, famílias começaram a ocupar uma área do local que logo após ficou conhecida como Piquiá de Baixo.
O nome do bairro, inicialmente escrito com “i”, é uma referência a uma árvore amazônica de grande porte e resistência chamada Piquiá, que dá uma fruta semelhante ao pequi, embora maior.
Com a emancipação de Açailândia, com a instalação de indústrias que se instalaram para atender aos interesses do projeto do Grande Carajás, Piquiá passou a sofrer grandes impactos socioambientais.
 
           



 



