Ações marcam o mês do orgulho LGBTQIAPN+ na UEMASUL
Foram promovidos escuta, acolhimento e debates sobre identidade de gênero e desafios enfrentados por pessoas da comunidade no ambiente acadêmico.

O evento foi uma oportunidade para refletir sobre a importância do reconhecimento e da celebração das diversas identidades e expressões de gênero. Foto: Ascom/UEMASUL.
Em alusão ao Dia internacional do orgulho LGBTQIAPN+, comemorado dia 28 de junho, a Pró-Reitoria de Extensão e Assistência Estudantil (PROEXAE), por meio da Divisão de Serviço Social e Médico (DSSM) e do Núcleo de Assistência Psicológica (NAP), promoveu o Mês da Diversidade nos campi Açailândia, Imperatriz e Estreito, com atividades voltadas para a inclusão e respeito.
Com o objetivo de promover a visibilidade, o respeito e os direitos da comunidade, a programação foi aberta ao público e incluiu palestras, rodas de conversa, mostra de personalidades LGBTQIAPN+, momentos culturais e debates sobre vivências da comunidade no ambiente acadêmico.
A assistente social Dalem Santos, destacou a importância da continuidade dessas ações ao longo do ano. “É essencial que a gente tenha esses espaços de visibilidade, escuta e acolhimento para a comunidade LGBTQIAPN+ na nossa comunidade acadêmica. Por esse motivo, criamos o primeiro coletivo LGBTQIAPN+ UEMASUL para que a universidade seja um lugar de respeito, diversidade e inclusão todos os dias do ano, não só em junho”.
A programação teve início no campus Imperatriz com a palestra “LGBTQIAPN+: as vivências LGBTQIAPN+ nos espaços educacionais”, conduzida pela Defensoria Pública de Imperatriz, convidados do projeto de extensão SMAP de saúde mental LGBTQIAPN+ (CEUMA) e do Coletivo LGBTQIAPN+ arco ITZ. Em Açailândia, o evento contou com uma mostra de cientistas, ativistas e artistas LGBTQIAPN+, além de rodas de conversa. O encerramento aconteceu no campus Estreito, com a participação de representantes da Defensoria Pública.
O estudante de psicologia e integrante do projeto SMAP, Cauã Chagas, destacou que os debates ajudam a transformar o ambiente universitário. “Eu, como uma pessoa LGBTQI, penso muito sobre trazer visibilidade para lembrarem que nós existimos, que também temos direitos de viver, de sermos respeitados e direito ao afeto. Que a universidade seja, além de um lugar de aprendizado, um lugar seguro para que possamos ser quem somos”.

Durante o evento, foram destacadas a importância da realização de debates que ajudam a combater preconceitos no ambiente acadêmico. Foto: Ascom/UEMASUL.
“Eventos como esse nos ajudam a construir espaços abertos para conversa, para trazer sensibilização, principalmente quando a gente trata no público em geral. Trazer essa visão da comunidade LGBT quanto às vivências deles, não apenas para as pessoas que já fazem parte dessas vivências, mas também para pessoas ao redor e de comunidade, pessoas que frequentam ambientes também escolares, possam entender as vivências desses indivíduos”, ressaltou a estudante de psicologia e integrante do grupo SMAP, Carolina Medeiros.
Sobre o Mês do Orgulho LGBTQIAPN+
O mês de junho é historicamente marcado como o Mês do Orgulho LGBTQIAPN+, em referência à Rebelião de Stonewall, ocorrida em 28 de junho de 1969, em Nova York. O episódio, um marco na luta por direitos, deu origem às primeiras Paradas LGBTQIAPN+ do mundo. No Brasil, apesar de avanços como a união estável homoafetiva (2011), os dados do Ministério dos Direitos Humanos e Cidadania mostram que ainda há um longo caminho a percorrer: apenas no primeiro semestre de 2024, foram registradas 33.935 violações contra pessoas LGBTQIAPN+.
Texto: estagiária Carolina Nascimento, com orientações da jornalista Mari Marconccine.
Fotos: Ascom/UEMASUL
Assessoria de Comunicação/UEMASUL
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